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Quanto vale o seu amor?

  • jhiroshi
  • 12 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais.     Augusto Cury
A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar. Erich Fromm

Normalmente recebo queixas em meu consultório sobre relacionamento afetivos, algo bastante comum nos dias de hoje, tais relatos a cerca da baixa intensidade pela qual são correspondidos (as) e não pela dificuldade de se expressarem ou tornar suas ações como algo platônico.


Relações de pouca experiencia são vívidas de forma intensa carregadas de alto poder de líbido atribuídos normalmente por adolescentes e jovens (mas toda regra sempre tem suas exceções). Quando já se tem um pouco mais de vivências afetivas, mesmo em carácter inicial nas relações é comum indivíduos relatarem não serem correspondido nas mesma "moeda" que seus investimentos para com o outro. Assumindo por vezes uma auto avaliação de suas ações e atitudes. Quando não alcançam um entendimento, as frustrações são inevitáveis.


Vamos colocar o investimento diário de um casal em porcentagem, quando a namorada se dispõem a dar 100% na relação, enquanto seu parceiro lhe dá 20% diário (encaixe-se em trocar os lados se precisar). Precisamos avaliar daí de como essa união surgiu, claro, foi o AMOR! Mas vamos tentar colocar num plano mais racional, obviamente perderemos nessa reflexão um pouco da magia, das dores de coração, das ansiedades irracionais e das incontáveis juras de amor tão visto em filmes hollywoodianos e requeridos em nossas "vidinhas"(quando a rotina se torna enfadonha demais).


Quando é difícil o paciente refletir em sua sessão o aprofundamento da origem da união romantica, relatando justamente de ser algo inicial, porém desequilibrado, sugere-se a reflexão que dê a seu parceiro a mesma "moeda" que o outro lhe dá no relacionamento, então se dá 20%, paga-se na mesma proporção. Isso algumas vezes se resolve, mas trata-se de algo mais individualísta, isso também funciona quando a relação é mais casual.


Em outras situações, isso acaba não se resolvendo porque já se trata de algo mais pessoal de quem é acostumado a se envolver plenamente e não aceita se ajeitar a dar na mesma 'moeda" que o outro. isso também pode acontecer com o outro lado que se dispõem a dar apenas pouco de si, geralmente ambos não estão flexiveis a mudarem seus pensamentos.


Em casos assim, segue-se por brigas e rupturas, geralmente nessa ordem. A comunicação se perde porque mesmo juntos, ninguem esta disposto a ouvir o outro, porque não se trata exatamente do outro, mas sim de como a vida o educou e lidou com as dificuldades da vida, então estamos dizendo que trata-se mesmo de como esse individuo se moldou em sociedade para lidar com ela a sua maneira e na verdade, não há espaço para o outro.


Ha casos também que o casal se mantêm juntos apesar das brigas, dos ressentimentos, das mágoas, das ansiedades que se acumulam com o tempo. Sintomas psicosomáticos também são visto em alguns casos, palpitações, sudorese, calafrios, fobias e por aí vai.

Por outro lado também pode acontecer casais desbotados emocionalmente, apáticos com a vida do outro, engesados por suas rotinas individuais mas presos um ao outro com correntes invisiveis.


Não se trata do casal, mas sim do individualísmo do outro, inflexível com a mudança de comportamento de quem acredita poder mudar o parceiro ou manter sua "filosofia de vida", então se sujeita ao outro porém como prova viva de sua convicção de seus ideais não mutáveis referente ao outro. Em contrapartida é consequencia viver numa "bolha aceitável" em que ainda a balança tende a pesar um pouquinho mais por coisas boas na relação, ainda que o peso negativo demonstre pouco diferença entre ambos.


Relação afetivas dessequilibradas são mais encontradas em atitudes individualistas, por isso que nem sempre são salvas em terapia de casal (há suas excessões). A questão é o quanto estamos prontos a investir numa relação amorosa onde o sucesso mesmo está em sermos menos a "olhar nosso próprio umbigo". Por sorte, temos o amor, que não precisa necessariamente fixar-se nos casais, tendo o legado visto sob outros aspectos na humanidade.





 
 
 

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