Quando terei “alta” nas sessões?
- jhiroshi
- 20 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de nov. de 2023
Psicoterapia é a melhor ferramenta para o paciente que deseja auto descobrir-se sobre os mecanismos que regem seus medos, angústias, ansiedades e os meios de fuga que cria muitas vezes de forma inconsciente para evitar a mudança (necessária), porém geralmente a vida que segue tornam-se devastadoras em sua rotina e consequentemente podem adquirir comorbilidades.
Quando existem um sofrimento emocional envolvido por “n” motivos, um trauma marcante ou também num quadro de fragilização mesclado a uma doença ou não crônica, cabe um bom psicólogo para auxiliar o paciente durante esse processo, junto com os demais profissionais na área da saúde. Cabe salientar que a procura de um coaching, trata-se um um profissional relacionado há um cliente e não paciente que o intuito a priori seja alcançar metas profissionais e pessoais especificamente.

Situamos como normalidade que o paciente traga toda uma bagagem na sessão relacionado a um conteúdo muito superficial carregado de fantasias e remendos de distorções em que é preciso do instrumento da escuta analítica para desvelar o que está encoberto por detrás da fala. Geralmente o psicólogo dispõem de sessões de supervisão com outro profissional da mesma área de forma sigiloso para melhor encontrar novos enquadres simbólicos no conteúdo do paciente, há outras ferramentas que auxiliam o profissional.
O paciente precisa usar da fala, das associações livres do pensamento, em que o psicólogo apoia ou cria apontamentos que o desperte sobre o que diz, muitas vezes no automático, essas ações ajudam a fazer uma reflexão sobre si mesmo e como isso o afeta. Essa riqueza de informações presta no paciente auto perceber-se, nem sempre fácil em lidar ou aceitar.
Existem muitas outras ferramentas ou escutas que acontecem durante as sessões, mas além do que ocorrem nesses encontros, é rico também o processo individual que o paciente passa a olhar-se em determinados momentos para si em busca de uma nova construção que lhe tire do pensamento insalubre como leva a sua vida. É um processo demorado, por isso mesmo que tão diferente de um tratamento médico que dispõem muitas vezes de um parecer mais exato.
O que costuma acontecer, é o paciente “esvaziar a taça”, livrar-se nos lamentos e dificuldades para uma pessoa estranha, desconhecida, mesmo diante de tantas sessões, pode não ter vinculado uma relação de confiança, mas que finda sua intenção é poder se desabafar. Se livra de todo o peso, por um breve momento se sente melhor, ou o sentimento de pena lhe traga certo conforto ou não. O problema é que logo essa “taça se encha novamente” e é preciso esvaziar-se. Então torna-se um ciclo vicioso que não tem fim.
Quando finalizar um tratamento, eis uma pergunta que só pode ser respondida pelo paciente, cabe uma reflexão honesta sobre si mesmo (será possível?), houve uma mudança significativa que consiga avançar sem o sofrimento inicial? O psicólogo pode e fará os devidos apontamentos. Não é uma questão de ruptura de atendimento, mas sim, um novo processo significativo na vida do paciente em que em dado momento consiga se ver sem as armadilhas emocionais que anteriormente o encarceravam, mas que hoje não mais.





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