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vitória ou derrota?

  • jhiroshi
  • 4 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de nov. de 2023

Geralmente nas sessões costumo ouvir pessoas relatando suas superações, desafios que passaram e que conquistaram seu “lugar ao sol”. Quem os ouve, solidarizam, comemoram, admiram-se e se comovem com essas pessoas em suas próprias vitórias e lutas de superação, geralmente isso é algo valorizado socialmente e que costuma massagear momentaneamente nossos egos e nos conforta.


As pessoas se usam dessas vitórias com bandeiras hasteadas mostrando seu bem-estar emocional, até certo ponto é possível viver-se disso, chegando ao ponto de levar isso como verdade absoluta e utilizar-se dessa superação para disciplinar-se com sua vida.

Nem sempre a superação é algo da pessoa e sim fruto de uma cobrança imposta pela sociedade, somos mal vistos como derrotados, em decorrência a verdade de não conseguir superar-se, somos pré-julgados, recebemos preconceitos e nos olham com pena.

Então a imagem da superação diante da sociedade é mais uma máscara dentre tantas outras que possuímos, uma persona necessária na sobrevivência desse ego fragilizado. É muito difícil confessar que não conseguiu lidar com as adversidades da vida porque nos expõem a essa debilidade.


O que fazer então com tudo? Não será em momentos iniciais da psicoterapia que o paciente estará disposto em “abrir mão” dessa persona que a sociedade lhe impôs, para ele há muita coisa em jogo. Mas sim, durante as sessões é que ao lidar com a verdade que nem sempre a superação não foi de fato superada e que realmente o paciente passa a ter controle da sua vida num processo de autodescoberta, não aquilo que socialmente tem que ser demonstrado.

Um ego inflado nunca será rendido em uma sessão terapêutica
O Ego o mantém estável, sem ele desmoronamos. Em demasia torna-se um problema

O convido ou a convido a experimentar a psicoterapia que pode lhe auxiliar na sua melhor qualidade de vida, nem sempre é fácil dar o primeiro passo e nem sempre queremos demonstrar nossas fraquezas. A verdade é que viver em sociedade, que nos invade com seus signos, seus paradigmas, seus pensamentos que nem sempre são positivos, não há filtro, quem de fato tem que fazer essa filtragem, são as pessoas que vivem nela. Nem sempre esse filtro funciona como nós queríamos e esse conteúdo os invade determinado como devem viver.


Portanto é na psicoterapia que é possível compreender o que é do paciente e o que é da sociedade, o que lhe serve e o que deve ser descartado, mas cabe unicamente a ele ou ela distinguir e se auto perceber. O psicólogo trabalha como um "facilitador" nesse processo da autodescoberta.

 
 
 

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