Mascaramos nossa fragilidade
- jhiroshi
- 7 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de nov. de 2023
Você faz ao outro aquilo que não gosta que façam com você? Gosta quando se sente humilhado (a) em público com brincadeirinhas bobas a seu respeito?
Pois é, muitas vezes essa situação nada desagradável só aparece quando estamos vivenciando esse “troco” dado por aquela pessoa que se sentiu também no direito de reivindicar o que você realizou lá atrás e por algumas razões e você não soube ponderar se realmente haveria necessidade para realizar esse feito.
Há várias hipóteses para quem costuma aplicar a brincadeira, pode ser uma necessidade de querer dizer a verdade para aquela pessoa, todavia de forma distorcida, como por exemplo, caçoar do amigo por ele não possuir habilidade para um determinado serviço. A quem decida que brincar é uma forma de “descarregar” as mágoas daquele patrão ingrato que lhe deu as costas ou do funcionário que não suporta o outro, mas que por razões de convívio diário tem que aparentar ser um bom colega, então o “espeta” com brincadeiras nada agradáveis.

As brincadeiras por si só, podem acabar virando um jeito de lidar consigo mesmo, nas angústias e nas frustrações pessoais. Pode ser um escape, uma fuga daquela situação de quem o aplica, uma forma de fugir de suas escolhas e decisões, algo que podemos pensar na possibilidade de uma ansiedade na qual não se consegue conter. Há vários tipos de ansiedades, por compulsão por alimentos, sexo, trabalho e brincadeiras.
Quando as brincadeiras tornam-se mais sérias, portanto com mais possibilidades de desavenças ou advertências (ambiente de trabalho), também existe a possibilidade de quem brinca tenha um desejo inconsciente de ser descoberto (ou não), possivelmente a necessidade de ser penalizado por algo não resolvido e que se sinta culpado.
Há pessoas que não conseguem perceber, não conseguem evitar, não conseguem simplesmente refletir sobre suas ações. Para alguns, é possível a reflexão, uma orientação de amigos ou parentes como um “start” para se auto perceber, da mesma forma que talvez aja a necessidade da psicoterapia para que aconteça “esse momento” de reflexão mediada no autoconhecimento e sem o juízo de valor através de um bom psicólogo ou uma boa psicóloga. Nem sempre conseguimos um tempo para nós mesmos, por isso a psicologia também não pode ser encarada como um momento de fragilidade, mas um processo de auto descobrir-se.
Autor: José Hiroshi Taniguti





.png)
Comentários