Divagações sobre o tempo...
- jhiroshi
- 7 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de nov. de 2023
Cada aniversário que passa, somos lembrados por conhecidos nas redes sociais, pelos amigos presenciais, por familiares e por algum amor em especial. A idade representa ou representou conquistas alcançadas, lutas perdidas, tropeços, os pequenos pulos, outros saltos por outro lado bem executados. É um período para reflexões ou não, talvez esquecer-se de tudo e de todos.

Há os saudosistas que vão lembrar-se dos tempos que se foram, dos grandes amores, do tempo do topete, da brilhantina no cabelo duro, do jeito rebelde, dos palavrões, das palavras de ordem, de progresso ou de anarquia. Viver no controle as pequenas coisas, dos detalhes que faziam sentido, daquele salto florido, da calça apertada.
Outros vão navegar para onde o vento os levar, alguns vão permitir que fossem guiados pelas correntes marinhas nem sempre favoráveis, num trajeto desses, vão ou irão encalhar num recife, podem acomodar-se ou pior abandonar-se de vez. Tornar-se-á um capitão sem tripulação.
Há aqueles que vão continuar a jornada, com o tempo, o uso da habilidade adquirida lhe sorrirá em forma de ferramentas para manter-se de pé, um ser ativo que não arreda o pé. Um exercício ali, uma meditação aqui, um composto vitamínico lá.
Por vezes, a idade nos faz lembrar a falta de memória, das dores de costas, dos resfriados repentinos, da respiração ofegante, da falta de exageros, do controle, das obrigações, da rotina, do Déjà vu, comum à faixa etária que passamos a nos tornar.
Viva então os enfeites, as tolices, as bajulações, o açúcar do bolo, balas de coco, os pensamentos fúteis, permita-se em sentir o recheio do bolo com o dedo, conceda-se ter tempo de raspar com colher o brigadeiro da panela...
Autor: José Hiroshi Taniguti





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